É fácil encontrar a Ana Morais com um sorriso largo no rosto. Gesto de receptividade de uma artesã sempre aberta a descobertas na sua arte. Ela divide a coordenação da Feira de Artesanato da Praça Rui Barbosa, com a grande Eunice Calixto. É ali, juntinho ao Calçadão de Nova Iguaçu, no Centro do município, que a magia acontece e profissionais brilham com suas peças num dos espaços comerciais mais efervescentes do Estado. Ana está sempre presente com sua costura criativa (almofadas personalizadas), crochê criativo (mandalas e guirlandas), quadros e chaveiros.
“Gosto de liberdade. Não consigo ficar muito tempo presa em apenas uma técnica. De tempos em tempos vou mudando, adquirindo novos conhecimentos”, diz Ana sobre o prazer de aprender mais e aprimorar suas técnicas.
Além da Feira da Praça Rui Barbosa, a moradora do bairro da Prata, participa das grandes festas e eventos da cidade e do Estado e ainda comercializa seus produtos artesanais através das redes sociais. Mas, o que ganha o coração de Ana Morais são mesmo as feiras de artesanato nas praças iguaçuanas. “Falar da Feira da Rui Barbosa mexe com meu coração. Sinto um grande orgulho de fazer parte e passar por todas as emoções, aprendendo mais a cada dia com cada artesão. A feira não seria tão importante se não fosse por cada um deles e eu, como coordenadora, não seria nada sem cada artesão que passa por ali”, destaca Ana.
Ela começou a atuar na profissão há 26 anos. O estímulo foi atender à filha. “Comecei há 26 anos com a bijuteria. Toda vez que ia à rua com minha filha, ela queria voltar pra casa com o braço cheio de pulseiras. Então, fui criativa e comecei a aprender a criar bijus, pesquisando em revistas especializadas”, lembra Ana. De uma técnica inicial, passando para outras, os produtos criados pelas mãos de Ana Morais vão para vários lugares. Minas Gerais, Paraná, Portugal e Alemanha são alguns dos destinos de suas peças. “É gratificante saber que tem um pedacinho do nosso coração nesse mundo de meu Deus”, diz emocionada.
O artesanato é parte fundamental da vida de Ana. “Já tive várias fases da minha vida em que o artesanato foi tábua de salvação, porém, de todas elas, e talvez o período mais difícil, foi o momento em que desenvolvi Síndrome do Pânico e SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado). O artesanato tem o poder de cura, ele salva-vidas. Sinto orgulho de carregar no peito o meu crachá e de desfilar pelas ruas do Centro com o meu avental de artesã”, afirma.
Ana Morais avalia ser uma boa ouvinte, disseminadora de ideias e impulsionadora de pessoas. O artesanato é sua atividade atual, mas ela também tem domínio da terapia integrativa, que reúne técnicas como auriculoterapia, reflexoterapia e massoterapia.
Quer conhecer as belas peças de Ana Morais e seus colegas do artesanato? Visite a Feira de Artesanato da Praça Rui Barbosa, todas as quartas e sextas-feiras, das 8h às 17h. Você também encontra a artesã através de suas redes sociais: @atelie.anamorais e @projeto_flutuar (em construção).